domingo, 31 de outubro de 2010

Tempo

De manhã, ela acorda linda e jovem, sorri como se não houvesse nada além de si mesma, ela anda, ela impera, é jovem e tudo esta em seu favor, ela pode, ela encanta, apaixona e deixa os rapazes loucos, ela é imatura, pura, sincera.

Mas o tempo passa.

A tarde, ela é madura, segura de si, quer uma coisa sólida, os amores não são mais como antes, agora ela avalia muito bem antes de se entregar, ela já sofreu muito, não quer mais arriscar, sua beleza agora é mais doce, mais sincera, mais real.

Mas o tempo passa.

E a noite, ela está cansada, velha, exausta de tudo que lhe fez sofrer, alegre por ter tido tudo que esperou e desapontada com si mesma, talvez. Ela já sorriu o suficiente, chorou também, amou, lutou, conquistou, perdeu. A vida tem realmente seus altos e baixos, ela agora só quer repousar, descansar de tudo o que um dia sentirá falta, deixa tudo para atrás, mas isso faz parte da vida. Ela então se deita nos braços de Morpheu, e nos fica a clareza de que o tempo não volta, mas há sempre um amanhã.

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