domingo, 11 de agosto de 2013

Cheiro de Hortelã

E de repente aquele cheiro invadiu a sala.
Um cheiro que me faz viajar nas minhas lembranças mais profundas,
Não sei lhe dizer ao certo, de onde vinha aquele cheiro, pode ser que da prateleira onde eu organizei todos aqueles livros antigos que você adorava e que não se cansava de ler, reler...
Pode ter sido daquele canto da sala, que eu deixei do seu jeito, intocável.
Mas o fato é que ele me faz lembrar tanto de você, do seu riso, do seu olhar.
E daquelas manhãs em que você me acordava com beijinhos e pão com nutella.
Me fez lembrar daquele filme chato que você me fez assistir, e eu fiquei falando o tempo todo que preferia o  vilão ao mocinho.
E daqueles domingos de futebol, em que você ficava cantando o hino do seu time toda  vez que o meu perdia.
São tantas lembranças.
Só que hoje meu querido, quando sinto seu cheiro, prefiro ir pra cozinha e fazer um chá de hortelã.
Você sempre odiou  hortelã.

Me despi de qualquer esperança, peguei todas as expectativas frustradas e joguei no cesto, espero expectativas novas.
Liguei o chuveiro e lavei meu corpo e minha alma desta paixão, deixei ir embora até a última gota, sem sentir remorso, sem me preocupar.
Sai do banho me sentindo uma nova mulher.
Se a antiga paixão vai voltar? Não. Se fosse pra ser eterno, seria amor, não paixão

Das Palavras Que Foram Ao Vento

    Eu sei, você sabe, esse discurso já está cada vez mais repetitivo e acredito que nós dois concordamos em encerrar de uma vez esse capí...