sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Um Retorno. Um Desabafo

A vida é uma bagunça infinita. Ponto.

Eu não consigo explicar meus sentimentos em palavras, não consigo explicá-los pra ninguém. Afinal, será que eu sei o que eu sinto?!
O que eu sinto é um punhado de coisas que não fazem sentido. Tenho sentido uma dificuldade imensa em me conectar com as pessoas. Tenho amigos tão bons, que se esforçam tanto. Mas eu simplesmente pareço estar muito preocupada com o meu eu interior quebrado em mil pedaços pra deixar as pessoas entrarem realmente em minha vida.
Ontem eu estava vendo um filme romântico, que sempre foi o meu gênero favorito na vida. Antes eu via esses filmes e suspirava. Acho que eles mexeram com a minha visão de como seria amar, acho que eles me fizeram criar tantas expectativas no romance que quando eu o vivi e que a chama apagou eu me tornei alguém frustrado. Depois veio a decepção e a dor. A maior dor que eu já senti na minha vida. Não consigo descrever aquilo, sei que doeu muito, sei que me deixou paralisada de tanto sofrimento, consigo me lembrar de tudo, menos da intensidade daquela dor. Ela foi tão intensa, que por mais que eu me esforce hoje em lembrar como era, eu não consigo. Não consigo reviver 1% daquele sentimento que eu tinha ao acordar até a hora de dormir.
Mas como eu estava dizendo, eu estava vendo um filme romântico ontem; e eu me surpreendi com o que eu me tornei; eu me tornei uma pessoa que apenas vê esse tipo de filme pra criticar. Que aquilo é uma mentira absurda e que não existe esse tipo de amor. Que não necessariamente a pessoa pela qual você faz sacrifícios vai ser a pessoa que vai ficar com você pelo resto da vida. A pessoa que vai valorizar o seu amor. Eu me tornei cética em relação ao amor, em relação a instituição burguesa chamada de casamento. Surpreendentemente, eu já consigo me ver como uma pessoa sozinha na minha velhice. A vida é uma bagunça. Basta um desastre para mudar toda a sua visão de mundo.



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