sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Ao malcriado,

Boa noite amigo malcriado.
Tenho tanto pra lhe dizer, mas nunca fui muito boa em me expressar, tento aqui dar o meu melhor pra não ser incompreendida. Ser julgado não é legal, muito menos se você estiver tentando fazer a coisa certa, mas da forma errada.
Primeiramente, gostaria de dizer que amo esse garoto de 14 anos, que corre por ai, sedento por novas experiências, por liberdade. Menino sonhador, persistente e meigo, muito meigo. Nos seus braços cabe o mundo e mais um pouco. Com você tudo é possível, tudo é agora, a vida é pra ser vivida e não importa os riscos.
Adoro o sorriso desse garoto, adoro a paciência, o carinho, as brincadeiras.
Seriedade? Nem sonhando! Rir é o melhor remédio para a vida, e não importa o que dizem sobre esse garoto, ele está lá... Sempre rindo!
Por outro lado, detesto o velho ranzinza que fica reclamando do trabalho, dos problemas. Carrega um mundo nas costas. Não sente a leveza, não busca o sorriso.
Não sabe olhar o lado bom da vida. Todo dia é cinza e chove, faz frio.
Certo, talvez eu esteja sendo um pouco radical, talvez o velho não seja tão ruim assim. Mas por gostar tanto da leveza, o fardo pesa mais em meus ombros, em minhas decisões.
Agora falando sobre aquela garota insegura, que tenta correr atrás do moleque pra subir na montanha mais alta simplesmente pra soltar pipa, sentir o vento no rosto... E o risco. O que seria da vida sem riscos?
Mas essa garota tem dado de cara com o velho ranzinza dia pós dia.
Ainda procurando pela leveza ela se afoga no mar de escuridão a qual ela mesma se propõe.
Ela tenta desesperadamente trazer o garoto de volta, quebrar o gelo... Ela só quer mostrar pra ele tudo que ela guarda dentro de si. Ela quer convidá-lo para se aventurar.
Ah malcriado, mate esse velho ranzinza e vem ser criança de novo :D

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